Marcos Baghdatis, direita, do Chipre parabeniza Andre Agassi após a partida
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Foi o segundo turno. Ele não deveria vencer.
O mundo inteiro se voltou para o estádio Arthur Ashe para se despedir de um homem que foi um ícone do esporte para uma geração inteira de fãs de tênis. Eles perceberam que seu tempo havia acabado.
Aos 36, os profissionais do tênis assistem ao esporte em frente à televisão. Agassi vinha desafiando as adversidades por anos, mas em 2006 ele declarou que já estava farto. Jogando na frente de sua torcida favorita, Agassi estava dando um empurrão final.
Exceto que ele empatou Marcos Baghdatis no segundo turno.
Baghdatis esteve em uma forma cintilante o ano todo. Ele chegou à final do Aberto da Austrália e às semifinais de Wimbledon, e foi semeado em oitavo no Open. Em muitos aspectos, ele era exatamente como um reflexo do próprio Agassi mais jovem. Seus estilos de jogo eram quase idênticos. Ambos eram contra-perfuradores clássicos, ambos rebatiam a bola o mais cedo possível e ambos retornavam ferozes. A única diferença entre eles eram 8 Grand Slams, 15 anos de idade e 25.000 fãs americanos.
Agassi estava com uma saúde péssima. Ele vinha recebendo injeções antiinflamatórias para as costas doloridas. Ele era um desastre médico na corte. Todos no circuito e na quadra sabiam disso. Eles vieram pelo que consideraram uma vitória confortável para Baghdatis e uma saída respeitosa para Agassi.
E então a partida se transformou em uma das reviravoltas mais dramáticas da quadra central.
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Agassi pegou os dois primeiros conjuntos em um estilo bastante livro de texto. Seus golpes eram consistentemente danosos como sempre. Ele estava voltando bem. Baghdatis simplesmente não conseguia fazer clique. No início da terceira, Agassi ainda acertou um chute entre as pernas após conquistar um ponto. Ele estava liderando por 6-4, 6-4.
O tênis é um belo jogo. Uma partida pode durar uma hora. Uma partida pode durar um dia. Não há como dizer a que uma simples quebra de saque pode levar. Um forehand mal calculado, uma dupla falta inofensiva e a dinâmica da partida mudam. Ambos os jogadores sabiam disso. Foi quando Baghdatis quebrou. Ele quebrou o terceiro e segurou seu saque para levar o set por 6-3.
Não há nada mais assustador do que um oponente quebrando. É quando ele dá tudo de si, porque não tem nada a perder. Cada ponto que Agassi jogava seria anulado pelo cipriota. Seu backhand estava caindo exatamente onde ele queria. Agassi estava sendo contra-atacado. Baghdatis quebrou no final do quarto set mais uma vez para empatar a partida, levando o set por 7-5.
O quinto set produziu o drama que disparou a partida para a fama pela qual é conhecida hoje.
Aos 5-5, Baghdatis começou a ter cólicas. Agassi estava servindo para permanecer na partida. Baghdatis caiu no chão, com uma dor insuportável. Ele tinha aquele sorriso característico no rosto, mesmo quando mancou até o chão, quase como se estivesse histérico. Mas ele bateu a próxima bola para o vencedor. Baghdatis mal conseguia andar direito na quadra, mas estava lutando como se sua vida dependesse disso.
Ao longo desse jogo em 5-5, Agassi foi forçado a salvar três break points. Cada ponto foi aplaudido descontroladamente pelo público. Dizem que as lendas não morrem facilmente, e Agassi provou isso. Ele lutou contra todos os demônios que tinha dentro dele para segurar sua defesa após oito duques e liderar por 6-5.
Agassi quebrou Baghdatis no jogo seguinte e venceu a partida depois de quase cinco horas. Ambos os oponentes se abraçaram na rede e foram levados para atendimento médico imediato. Foi um caso clássico de mente sobre a matéria, onde a mente emergiu como uma vencedora decidida.
Agassi perderia sua próxima partida para o desconhecido Benjamin Becker em quatro sets, em um Open que finalmente foi vencido por Roger Federer. Foi uma maneira adequada de sair, de jogar aquela partida que pintou a mente de todos com nostalgia sobre a grandeza de um homem que deu a vida, embora mais tarde na carreira, pelo esporte.