O tcheco obteve uma vitória por 3-6, 7-5 e 6-2 para chegar à final do torneio WTA 500 na sexta-feira.
SAN DIEGO — Há menos de uma semana, a cavalgada itinerante do tênis encerrou o assunto no Aberto dos Estados Unidos. O cenário, é claro, era a estridente cidade de Nova York. A partir daí partiram os jogadores, espalhados por vários locais, uns para relaxar, outros para mais competição e a busca incessante pela conquista de pontos no ranking.
Foi assim que, na tarde desta sexta-feira, Barbora Krejcikova, 13ª colocada, perdedora na primeira rodada de simples do Aberto dos Estados Unidos, encontrou muito mais conforto e alegria em uma tranquila cidade à beira-mar da Califórnia, a milhares de quilômetros de distância da barulhenta Big Apple. “Gosto dessa atmosfera familiar e da vibração de San Diego”, disse Krejcikova após sua vitória por 3-6, 7-5 e 6-2 sobre Danielle Collins nas semifinais do Cymbiotika San Diego Open. “Gosto da praia, gosto da ilha.”
Embora Collins esteja 30 posições abaixo de Krejcikova, já no segundo set, você pensaria que o oposto era o caso. O contraste de estilo nesta primeira partida foi intrigante. Collins é vocal e expressiva, mas principalmente bate na bola como se quisesse calar a boca. Krejcikova é taciturna, mas sua ampla gama de velocidades e giros demonstra uma habilidade eloqüente de fazer a bola falar.
Por bons 1,7 sets, Collins estava fortemente no controle e parecia a caminho de chegar à sua primeira final de simples desde que chegou tão longe no Aberto da Austrália de 2022. Movimento, força e precisão impulsionaram Collins durante o primeiro set, silenciando repetidamente Krejcikova um tanto apática. “Senti que seria difícil”, disse Krejcikova. “Ela vai lutar por cada ponto e ir em frente.” As coisas não foram ajudadas por Krejcikova ter cometido quatro faltas duplas no primeiro set e ter sofrido um intervalo no segundo.
Krejcikova aproveitou seis de seus sete break points.
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Mas à medida que o segundo set avançava, outras características surgiram sutilmente. Krejcikova apresentou versatilidade e coragem furtiva. “Senti que tinha que lutar”, disse Krejcikova. Servindo em 4-4, love-30, ela se livrou dessa situação com algumas lutas excelentes e, em 30-30, um forehand topspin lob vencedor. Enquanto isso, Collins, por mais tenaz que fosse durante os comícios, começou a bater demais e a ficar de mau humor intermitentemente. Servindo em 5-6, 30-30, Collins acertou um golpe fraco e acabou perdendo o ponto. Em seguida, Krejcikova esmagou um retorno de backhand na quadra cruzada tão bem quanto a lenda do beisebol de San Diego, Tony Gwynn, ganhou oito títulos de rebatidas.
A essa altura, a partida estava literalmente empatada. Mas figurativamente acabou. Se não for uma formalidade, o terceiro set foi fortemente dominado por Krejcikova. Semelhante em alguns aspectos a como Coco Gauff desvendou Aryna Sabalenka na final do Aberto dos Estados Unidos, Krejcikova absorveu um impulso após o outro, alcançou a paridade - e no processo deixou Collins sem ideias. Em seu primeiro match point, Krejcikova fechou com outro backhand intocável, este acertado na linha.
Krejcikova agora busca o segundo título do ano. A primeira ocorreu em fevereiro em Dubai, uma sequência notável destacada por vitórias sobre quatro jogadores do Top 10 – Daria Kasatkina (salvando quatro match points), Sabalenka, Jessica Pegula e Iga Swiatek.
Na final, Krejcikova enfrentará a vencedora da semifinal da noite entre Sofia Kenin e Emma Navarro. Krejcikova está 1-0 contra Kenin e nunca jogou contra Navarro.